domingo, 23 de janeiro de 2011

Ahhhhh... Esse tal de CHUVEIRO.........

Sob o chuveiro éramos um só corpo, uma só alma. A água molhava nossa pele enquanto nossos lábios tocavam desejosos. Havia tanto carinho. Nosso jeito de fazer ia além dos nossos corpos. Tudo se transcendia por meios de toques. Eram translúcidos nossos desejos íntimos e carnais. 
Juntos não havia tempo o qual perdurassem os problemas, uma vez que ali encontrávamos para compor nossa história, nossa orquestra, nossa sinfonia e para ritmar nossa relação. Havia cumplicidade e corpoeticidade em nossa união,  nossos desejos se encontrando e se reencontrando com todos os movimentos que criávamos ali.
Nutríamos de sensibilidades quando nossas mãos se acariciavam. Comungávamos pensamentos e imaginação à medida que crescia a vontade em permanecer juntos e  dividir excitantemente o mesmo espaço e a somar corações. Multiplicava-se aqui nosso gozo. A cada palavra sussurrada ao ouvido era puro êxtase  visto que sentíamos inebriados por esta fusão.
Amávamos de forma tão fervorosa e veemente que não queríamos nos separar e permanecíamos enlaçados por tal vibração e encanto. Desejávamos a cada momento mais. E mais.



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